Pe. Manuel Gomes da Costa

Dados biográficos:

– cessou funções na Junqueira em Novembro de 1952

Notícias completas:

7 DE ABRIL DE 1951 Capela da Nossa Senhora da Graça, na Junqueira Depois de concluídas as obras de restauro do Altar da Capela da Senhora da Graça, realizou-se no passado domingo a primeira missa, em honra de Nossa Senhora e dos seus beneméritos benfeitores, Senhores José Pinto Ferreira, sua esposa senhora D. Olga Aguiar Ferreira, senhor Randolfo Pinto Ferreira e sua esposa D. Eufrosina de Oliveira Ferreira, considerados joalheiros em Pernambuco, Rio de Janeiro, Baía e Pará. A este acto religioso assistiram todas as pessoas gradas desta terra, tendo à homilia o reverendo abade desta freguesia, Padre Manuel Gomes da Costa, tecido um hino de louvor a Nossa Senhora e aos seus ilustres devotos, filhos desta terra, e que, longe do seu torrão natal, acarinham e ajudam, com larga benemerência, os seus progressos e anseios. As obras levadas a efeito, vieram realçar a magnífica talha Renascença de que são revestidos o Altar, as paredes e o tecto, onde vemos os maravilhosos painéis representando: – A fugida para o Egipto – A visita de Nossa Senhora a Santa Isabel – A Anunciação – tornando-se, assim, esta Capela, digna de ser visitada e admirada. Para os nossos ilustres conterrâneos, vai a gratidão sincera do povo desta freguesia, certo de que nunca se esquecem e que encontram sempre nos seus bondosos corações um estímulo e uma ajuda para os seus legítimos progressos.

26 DE MAIO DE 1951  Junqueira, 20 Regressou de Pernambuco, à sua casa desta freguesia, o nosso querido amigo sr. José Pinto Ferreira, acompanhado de sua Exma. Esposa D. Olga Aguiar Ferreira e de seu sobrinho Sr. Bento Aguiar. O povo desta terra, a que se associou as autoridades locais, prestaram-lhe uma singela mas sincera e merecida homenagem de simpatia e gratidão, pelos actos de benemerência que têm prodigalizado a esta sua terra natal. Embora vivendo longe, os seus progressos encontram sempre no seu coração um estímulo e uma ajuda para que se faça sempre mais e melhor, realizando, ainda, por usa iniciativa, melhoramentos que não podem deixar de nos sensibilizar. Assim, as obras de restauro da Capela de Nossa Senhora da Graça perduram no coração de todos e ficam, como marco miliário, a consagrar o seu espírito de benemerência espiritual. Por isso o povo os cobriu de flores. Por isso as pessoas gradas da nossa terra acorreram a cumprimentá-los e a agradecer-lhes o quanto têm feito pelo seu progresso moral e espiritual. À recepção assistiram os exmos. Senhores eng. Augusto Machado, muito ilustre Director da 1ª Circunscrição Florestal, Drs. Eduardo C. Costa e Sampaio de Araújo e Esposa, Nuno Salgueiro, Padre Manuel Gomes da Costa, prof. Henrique Carneiro, António Ramos e Esposa, Horácio Nogueira e Esposa, Joaquim Lopes da Costa e Esposa, exma. sras. D. Margarida Aguiar e D. Maria Casanova, António José da Costa Júnior, Joaquim Lopes da Silva, Manuel Leite de Sá, António da Costa Faria e muitas outras pessoas.

22 DE SETEMBRO DE 1951 Casamento Na segunda-feira última, dia 17, realizou-se o enlace matrimonial da menina Maria da Conceição Carvalho Paiva, desta vila, com o sr. António Lopes Ferreira da Costa, da Junqueira. A cerimónia teve lugar numa capela ricamente armada em casa da família da noiva, tendo celebrado o acto o reverendo Porfírio Alves, prior desta vila que, no momento próprio, dedicou aos nubentes oportunas palavras inspiradas no Evangelho. Serviram de padrinhos, por parte da noiva, sua mãe D. Emília de Carvalho Maia e seu irmão sr. Manuel José de Carvalho Paiva, e por parte dos noivos seus primos D. Aurea Faria Félix e sr. António Ferreira da Costa Magalhães, tendo conduzido as alianças a menina Nelita, graciosa sobrinha da noiva. Finda a cerimónia religiosa, e depois dos recém-casados terem recebido de todos os cumprimentos de parabéns, foi servido um fino “almoço volante” a que assistiram mais de setenta convidados e pessoas de família. Aos brindes, usaram da palavra, manifestando os desejos de felicidades que os noivos merecem pelas suas qualidades e virtudes, os srs. Dr. José Moreira Maia, reverendo Porfírio Alves, Ruy Ferreira da Costa, reverendo Manuel Gomes da Costa (pároco da Junqueira), José Lopes da Costa (pai do noivo), dr. José Casal Pelayo, F. Monteiro e dr. José Lopes Ferreira da Costa. O noivo teve, depois, palavras sentidas de agradecimento e apreço para todos. Aos noivos foram oferecidas muitas e valiosas prendas, em que predominavam artísticos objectos de prata. A meio da tarde, dirigiram-se a Valença, seguindo para Espanha. No dia 16 do próximo mês, embarcarão para a cidade de Recife, no Brasil, em companhia de seu irmão e cunhado sr. Manuel José de Carvalho Paiva.

22 DE NOVEMBRO DE 1952 Junqueira, 14 Depois de presidir durante nove anos ais destinos espirituais desta freguesia, com dedicação, carinho e desinteresse, procurando sempre e por todas as formas elevar o nível moral dos seus habitantes, acaba, inesperadamente, de ser transferido para a sua terra natal, o reverendo Pe. Manuel Gomes da Costa. Para todos foi um golpe profundo e dolorosamente sentido, porque o Pe. Manuel, pelos seus dotes de coração e de inteligência, de caridade e bondade, em todos tinha um Amigo. Por isso, foi com lágrimas nos olhos, e entristecidos, que o vimos partir. Por isso, inconformado, o povo desta terra sente a sua ausência, subjugado por um imperativo de obediência e amor filial. Partiu, mas em todos os corações reconhecidos perdurará um sentimento de indelével gratidão pelo muito que espiritual, moral e materialmente fez em prol desta linda e progressiva terra. E, se não o podemos ter junto de nós, sinceramente lhe desejamos que o seu novo apostolado, em novas terras, seja coroado das maiores felicidades para o seu coração e para a glória de Deus.

– Para substituir o sr. Pe. Manuel Gomes da Costa, chegou a esta freguesia, no passado dia 9, acompanhado do senhor arcipreste, o reverendo Pe. Manuel Gomes de Oliveira, natural da freguesia de Navais, e que desempenhava as suas funções sacerdotais na freguesia de Gualter, em Braga. Recebido junto à Igreja Paroquial, com palmas e flores, pelos organismos da Acção Católica, Autoridades locais e muito povo, foi distinguido com uma manifestação de carinho e simpatia. Depois de na Igreja ser feita a apresentação de S. Ex.a pelo reverendo Arcipreste, foi rezado o terço, sendo, finalmente, cumprimentado pelas pessoas gradas da terra, que lhe apresentaram os melhores cumprimentos de boas-vindas. – C.

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